Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, alínea b), do Código de Processo Penal, informa-se:
Na sequência de detenção, o Ministério Público apresentou, no dia 15 de julho, a primeiro interrogatório um arguido indiciado pela prática de um crime de violação e quatro crimes coação sexual.
Os factos ocorreram nos primeiros dez meses de 2020 no Centro Hospitalar Cova da Beira, na Covilhã, onde o arguido, médico ortopedista, exercia funções. As três vítimas identificadas até ao momento, todas do sexo feminino e sem relação entre si, relatam situações de natureza semelhante ocorridas em contexto de consulta.
Após interrogatório e em consonância com o promovido pelo Ministério Público, o juiz de Instrução Criminal aplicou ao arguido, para além do termo de identidade residência, as medidas de coação de suspensão do exercício da profissão de médico e de proibição de contactar, por qualquer meio, direta ou indiretamente, com as vítimas.
O inquérito encontra-se em segredo de justiça.
A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do DIAP de Castelo Branco com a coadjuvação da Polícia Judiciária.