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Crimes de incêndio florestal. Primeiro interrogatório. Prisão preventiva. MP de Castelo Branco

21 jul 2021

O Ministério Público apresentou, esta terça-feira, a primeiro interrogatório judicial um arguido indiciado pela prática de dezassete crimes de incêndio florestal.

O arguido, de 38 anos de idade e licenciado em Engenharia Eletrotécnica, foi detido pela Polícia Judiciária de Coimbra no dia 19 de julho de 2021. Em causa estão suspeitas de, entre os dias 20 de junho de 2017 e 18 de julho de 2021, sempre no período do verão, o arguido ter ateado diversos incêndios em zonas de densa mancha florestal, designadamente nos concelhos da Sertã, Proença-a-Nova e Oleiros. Para tanto, valer-se-ia dos conhecimentos técnicos que a licenciatura lhe proporcionava, tendo construído diversos engenhos incendiários munidos de um temporizador que permitia programar a hora da deflagração, garantindo, assim, o prévio afastamento dos locais incendiados.

Estes incêndios, dos quais resultou a destruição de milhares de hectares de floresta e zonas agrícolas, colocaram ainda em perigo vidas humanas, de animais e também habitações, uma vez que algumas das zonas incendiadas se se localizavam na proximidade de zonas urbanas e habitadas.

Realizado o interrogatório e em consonância com o promovido pelo Ministério Público, o juiz de Instrução Criminal determinou que o arguido aguardasse os ulteriores termos do processo sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público da 1.ª Secção Especializada da Procuradoria da República da Comarca de Castelo Branco, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da PJ.